(Sim, para alguns, Tarô e Oráculos são a mesma coisa, mas, na minha experiência pessoal, são coisas diferentes.)
(Sim, para alguns, Tarô e Oráculos são a mesma coisa, mas, na minha experiência pessoal, são coisas diferentes.)
Como algumas pessoas ainda lidam com oráculos, elas esperam que o oráculo tome decisões por elas, algo como “o que eu devo fazer?”, quando na verdade o tarô, ou melhor dizendo, qualquer oráculo deveria ser mais próximo de um “Axioma da Escolha”. O Axioma da Escolha, cunhado pelo matemático Ernst Zermelo em 1904 pode parecer complexo a uma primeira vista, mas descorro o meu raciocínio na sequencia:
O Axioma da Escolha é um princípio fundamental da matemática, especialmente na teoria dos conjuntos. Ele afirma que, dada qualquer coleção (possivelmente infinita) de conjuntos não vazios, é possível escolher um elemento de cada um deles, mesmo que não exista uma regra explícita para essa escolha. Embora intuitivo em muitos contextos, o axioma é independente dos outros axiomas da teoria dos conjuntos de Zermelo-Fraenkel (ZF), ou seja, pode ser aceito ou rejeitado sem contradições formais. Sua aceitação (formando o sistema ZFC) permite demonstrar resultados importantes como o Teorema de Zorn e o Teorema de Bem-Ordenação, mas também conduz a conclusões contraintuitivas, como o Paradoxo de Banach-Tarski. Em resumo, o Axioma da Escolha formaliza a ideia de seleção arbitrária e desempenha papel central em diversas áreas da matemática, ainda que continue sendo objeto de debates filosóficos sobre sua natureza construtiva.
Uma maneira simplificada de entender isso é imaginar que você tenha um conjunto infinito de pares de sapatos. Como você poderia escolher um elemento de cada par? Uma alternativa seria selecionar todos os sapatos esquerdos, já que, por definição, os pares são compostos por um sapato esquerdo e um direito. Mesmo em grupos que não possuem uma distinção clara, como pares de meias (em que não há pé esquerdo ou direito), ainda poderíamos pensar em alguma regra de classificação — por exemplo: meias azuis, amarelas, verdes etc.
Bom, o oráculo não toma decisões, mas mostra as opções de escolhas que poderiamos tomar, quais delas são as corretas ou incorretas? Nenhuma delas é papel do oráculo dizer, e sim apenas apresentar o conjunto de escolhas e ai nós como individuos selecioar quais dessas escolhas fazem mais sentido para o que queremos viver ou não.
Na conversa que compartilhei no inicio do texto, a nossa personagem se quer queria ver o que estava no tarô, com medo do que poderia lhe ser apresentado, como se uma postura assim a livraria de ter que tomar alguma decisão e as consequências das mesmas, ou como eu sugeri, ter tanto medo do caminho que prefere se quer ver o mapa que indica as direções, o que como podemos imaginar, tende a ser algo desastrozo pois sem ver o mapa não é possível saber de onde veio, aonde está e para aonde se pode ir.
Eu queria que fosse apenas uma falta de otimismo da minha parte, mas até outros campos do conhecimento já perceberam esse fenomeno:
Essa nova alfabetização não se trata de saber programar ou entender como os modelos funcionam. É algo mais básico: saber fazer boas perguntas, saber ler as respostas e, acima de tudo, saber desconfiar. Não de forma paranoica, mas com critério. Distinguir quando estamos usando a IA… e quando a IA está nos usando.
(https://www.terra.com.br/noticias/educacao/novo-analfabetismo-nao-se-trata-de-saber-ler-ou-escrever-trata-se-de-usar-a-ia-como-um-oraculo-e-nao-como-uma-ferramenta,02d97e8ba6989ad83441bec08ffecc809fypimcu.html ou no link original https://www.xataka.com.br/diversos/novo-analfabetismo-nao-se-trata-saber-ler-ou-escrever-trata-se-usar-a-ia-como-um-oraculo-e-nao-como-uma-ferramenta).
A quantos anos ou décadas, críticos oraculistas ou não apontam sobre os cuidados de se crer em qualquer previsão sem o mínimo de analíse, reflexão e entendimento, e o que antes era um mal daqueles que criam em assuntos místicos, agora vemos o mesmo, nesse novo analfabestimo com a IA, o que mostra que o problema é a falta de crítica da humanidade, ou melhor, “falta” não é a palavra certa, por que daria a entender que isso se deu por faltar alguma coisa na percepção humana, e para mim, parece ser mais algo como “necessidade”, necessidade de que? De que alguém assuma a responsabilidade da informação, e da decisão. Será apenas um eco da uma infância mal resolvida e então pessoas adultas em certos aspectos desejam que alguém, assim como um pai cuide de tudo? Não tenho informações para embasar isso, então, me resumo a acreditar que é só uma comodidade para não ter que se por energia em resolver consequências de coisas que fazemos que são destruitivas se não a nós, a outros.
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