A Árvore da Vida

Publicado dia 2 de Novembro de 2015

 

A Árvore da Vida pretende simbolizar todo o Universo, uma proposição de implicações tão vastas que muitos poderão duvidar da possibilidade de existir um símbolo assim. Trata-se de um diagrama ilusoriamente simples constituído por dez esferas chamadas Sephiroth e por 22 linhas de ligação chamadas Caminhos. As Sephiroth e os Caminhos são chamados coletivamente de Trinta e Dois Caminhos de Sabedoria.

1 — Kether, A Coroa
2 — Cholmah, Sabedoria
3 — Binah, Compreensão (entendimento)
4 — Chesed, Misericórdia
5 — Geburah, Severidade
6 — Tiphareth, Beleza
7 — Netzach, Vitória
8 — Hod, Esplendor
9 — Yesod, Alicerce
10 — Malkuth, Reino

 

A ideia de que cada parte do corpo humano tem algum equivalente divino talvez seja compreendida mais facilmente por um oriental que por um ocidental. O iogue não tem dificuldade para lidar com o conceito de centros de atividade espiritual no corpo físico. O Plexo Solar, como o nome diz, é o centro solar no homem, um elo entre o indivíduo e os poderes solares do universo. O centro físico pode ser debilitado, a consciência transferida para ele, e o indivíduo posto em contato com a energia pura que, no sistema cabalístico, é chamada Tiphareth.
Uma importante parte do trabalho prático com a Cabala Hermética envolve o exercício do Pilar Médio, no qual as energias das Sephiroth são intencionalmente invocadas e se acumulam dentro do indivíduo. Nesse exercício, as Sephiroth são invertidas, isso é, Chesed fica no lado esquerdo e Geburah no direito, visto que elas são consideradas subjetivamente a partir de dentro do corpo, em vez de serem vistas a partir de fora.

 

Embora “percorrer os Caminhos”, principalmente com o uso das cartas do Tarô, seja uma atividade ligada a um alto grau de mistério e romance, as experiências são muito práticas. Para que possam ter alguma utilidade, as lições interiores devem ser aplicadas à nossa vida cotidiana.

Todo processo de desenvolvimento espiritual implica a necessidade de equilibrar as partes que compõem a personalidade, de modo que ela possa atual em cooperação consciente com o Eu Superior. Todavia, quando este processo é descrito pelas Escolas Ocultistas em termos dos quatro elementos — Fogo, Água, Ar e Terra — ele pode parecer algo remoto e misterioso. Mas não é. Nós nos desenvolvemos aprendendo a ter um perfeito domínio sobre nós mesmos no ambiente em que vivemos, de modo a não ficarmos mais à sua mercê. Esta é uma missão suicida espiritual para a personalidade e para todo o conceito de Eu tal como ele existe numa encarnação. Trata-se de um processo natural para todas as pessoas mas que pode ser acelerado quando dirigimos nossa atenção para ele.

A Árvore da Vida impõe um padrão definidor sobre os atributos da personalidade e o trabalho de desenvolvimento pessoal em curso. Assim, a pessoa sente afinidade ou antagonismo em relação a determinadas cartas do Tarô, dependendo do quanto suas lições tenham sido aprendidas. Ao estudar e utilizar os Caminhos nós assumimos o controle sobre o nosso próprio processo de aprendizado e nos obrigamos a dirigir nossa atenção para muitos Caminhos importante que, de outra forma, poderíamos ter preferido evitar.
O fato de a Cabala exigir que seja dada atenção a todas as partes de um determinado todo faz com que ela seja um sistema ideal para influir intencionalmente sobre o desenvolvimento espiritual. Ela demonstra que existimos dentro de um sistema racional e nos fornece indicações a respeito de onde viemos e para onde vamos. Não existe a vagueza dos outros sistemas. E, como as partes simbólicas do corpo humano estão relacionadas à Árvore, o mesmo acontece com diversos aspectos da Alma. Vamos ao aspecto mais inferior da manifestação até o mais elevado, o Yechidah de Kether, o Estado Original a que todos aspiramos.

A Cabala descreve o universo como sendo dividido em quatro “Mundos” distintos, cada um dos quais representado por uma letra do Nome Divino ou Tetragrammaton.

 

Os Quatro Mundos

O primeiro é Atziluth, o Mundo Arquetípico, o mundo do Espírito Puro que ativa todos os outros mundos que derivam dele. Aqui ficam os Deuses das Sephiroth e a letra Yod, o Fogo Fundamental.

O segundo mundo é Briah, o Mundo Criativo, o nível do intelecto puro, dos Arcanjos e de Heh, a Água Fundamental.

O Terceiro é Yetzirah, chamado o Mundo Formativo porque aqui são encontrados os sutis e efêmeros padrões subjacentes à matéria. É a esfera dos anjos e do Ar Fundamental, simbolizado pela letra Vau.

O Quarto é Assiah, o Mundo Ativo que contém tanto o mundo físico das sensações como as energias invisíveis da matéria. É a esfera de Querubim, do último Heh do Nome Divino e da Terra Fundamental.

A distribuição em quatro Árvores é a melhor interpretação para o Tarô.
Quatro séries, uma para cada mundo, são aceitas pela Cabala: o Rei, a Rainha, o Imperador e a Imperatriz.

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Arvore da vida kabbalah Tarô

Fontes e Referências

 

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