A redescoberta dos arquétipos do masculino

Onde estão, atualmente, os homens iniciados com poder?

Publicado em 26 de Setembro de 2017

 

“(…) é evidente que o mundo esta super-povoado não só de homens imaturos, mas também de menininhas tirânicas e prepotentes fingindo que são mulheres. É hora de os homens — sobretudo os ocidentais — pararem de aceitar a culpa por tudo que está errado no mundo. Tem havido uma verdadeira guerra contra o sexo masculino, que chega ao ponto de uma total demonização dos homens e difamação da masculinidade. Mas as mulheres não são mais inerentemente responsáveis nem maduras do que os homens. O Tirano da Cadeirinha Alta, por exemplo, aparece em todo o seu esplendor em ambos os sexos. Os homens não devem ficar se desculpando pelo seu sexo, como sexo. Devem preocupar-se com o amadurecimento e a administração desse sexo e do mundo mais amplo. O inimigo de ambos os sexos não é o sexo oposto, mas sim a grandiosidade infantil e a divisão do Si-mesmo dela resultante.”

 

A crise da masculinidade amadurecida nos atinge em cheio. Sem modelos adequados, e na falta de uma coesão social e de estruturas institucionais para a realização dos processos ritualísticos, é “cada um por si”. A maioria fica à beira da estrada, sem ideia de qual seja o alvo de nossos impulsos de gênero masculino ou sem saber o que saiu errado nos esforços que fizemos. Sabemos que estamos ansiosos, à beira do sentimento de impotência, desamparados, frustrados, abatidos, mal-amados e pouco valorizados, muitas vezes com vergonha de sermos masculinos. Sabemos que limitaram a nossa criatividade, que nossa iniciativa enfrentou hostilidade, que fomos ignorados, subestimados, e que nos deixaram com a sacola vazia da nossa autoestima perdida. Submetemo-nos a um mundo onde os lobos se devoram, procurando manter à tona nossos trabalhos e relacionamentos, perdendo energia ou falhando.

Um número crescente de famílias revela a triste realidade do pai que desaparece cuja ausência, seja através do abandono físico, emocional, ou ambos, provoca um desastre psicológico nas crianças dos dois sexos. O pai fraco ou ausente mutila a capacidade dos filhos e filhas para conquistar a própria identidade sexual e para se relacionar de forma intima e positiva com pessoas do seu sexo e do sexo oposto.

Mas acreditamos e sabemos por experiência própria que não podemos simplesmente mostrar a desintegração dos sistemas familiares modernos, por mais importante que seja na tentativa de explicar a crise da masculinidade. É preciso examinar outros dois fatores subjacentes.

Primeiro, temos que levar bastante a serio o desaparecimento dos rituais de iniciação dos meninos na condição adulta. Nas sociedades tradicionais, existem definições padronizadas para o que constitui o que chamamos de psicologia do Menino e a psicologia do Homem. Pode-se ver isso de forma bem nítida nas sociedades tribais que passaram pelo exame atento de antropólogos famosos. São rituais cuidadosamente elaborados para ajudar os meninos da tribo a fazer a transição para a condição adulta. Durante séculos de civilização ocidental, quase todos esses processos ritualísticos foram abandonados ou se desviaram por canais mais estreitos e menos energizados — para os fenômenos que hoje chamamos de pseudo-iniciações.

Podemos assinalar os antecedentes históricos do declínio dos rituais de iniciação. A Reforma Protestante e o Iluminismo foram movimentos fortes que compartilhavam o tema do descrédito ao processo ritualístico. E uma vez desacreditado o ritual como processo sagrado e transformador, o que nos resta é o que Victor Turner chamou de “mero cerimonial”, que não possui o poder necessário para realizar a autêntica transformação de consciência. Desligados do ritual, abolimos os processos através dos quais tanto os homens como as mulheres conquistassem a sua identidade sexual de uma forma profunda, madura e vivificante.

O que acontece com uma sociedade quando os rituais por meio dos quais se formam essas identidades se tornam desacreditados? No caso dos homens, existem muitos que não foram iniciados ou que tiveram pseudo-iniciações que não proporcionaram a transição necessária para a condição adulta. Predomina a psicologia do Menino. Ela nos cerca por todos os lados, e suas marcas são evidentes. Entre elas, os comportamentos de atuação (action-out) agressivos e violentos em relação aos outros, tanto homens como mulheres; passividade e fraqueza, a incapacidade de agir de forma eficiente e criativa no que se refere a sua própria existência e para gerar entusiasmo e criatividade nos outros (homens e mulheres), e com frequência, uma oscilação entre os dois — agressividade/fraqueza.

 

Junto com o colapso do ritual significativo para a iniciação masculina, um segundo fator parece estar contribuindo para a dissolução da identidade do homem maduro. Esse fator, que nos foi mostrado por um esforço da crítica feminista, é o patriarcado: a organização social e cultural que vem governando o nosso mundo ocidental, e grande parte do resto do mundo, desde pelo menos o segundo milênio antes de Cristo até hoje. As feministas verificam o quanto a dominação masculina no patriarcado oprimiu e maltratou o feminino — as chamadas características e virtudes femininas e as próprias mulheres. Na crítica radical que fazem a esse sistema, algumas feministas concluem que, em suas raízes, a masculinidade, é essencialmente agressiva e que a ligação com o “eros” — com o amor, o relacionamento e a suavidade — se faz apenas pelo lado feminino da equação humana.

 

No filme Floresta de Esmeraldas, um menino branco é capturado e criado por índios brasileiros. Um dia, ele está brincando no rio com uma menina bonita. O chefe já vinha há algum tempo observando o interesse do garoto por ela. Esse despertar do interesse sexual é um aviso para o sábio chefe. Ele surge à margem do rio com sua mulher e alguns anciãos da tribo, e surpreende Tommy divertindo-se com a menina. Ergue a voz e diz: “Tommy, chegou a sua hora de morrer!” Todos parecem profundamente abalados.

Em seguida vemos uma cena noturna, ilumina por uma fogueira, em que Tommy está aparentemente sendo torturado pelos homens mais velhos da tribo e, forçado a entrar na flores, começa a ser devorado vivo pela formigas. O garoto se contorce em agonia, o corpo mutilado pelos insetos famintos. Tememos o pior.

Finalmente o sol desponta, e Tommy, que ainda respira, é levado pelos homens até o rio, onde lhe dão um banho para livrá-lo das formigas, que ainda estão agarradas ao seu corpo. E o chefe grita em voz alta: “O menino morreu e o homem nasceu!” E com isso concedeu-lhe a primeira experiência espiritual, induzida por uma droga soprada dentro de seu nariz através de um tubo comprido, começa a ter alucinações, descobre a sua alma animal (paira alto sobre o mundo, num novo e mais amplo estado consciência, vendo, como que de uma perspectiva divina, a de do seu universo selvagem). Ele tem então permissão para casar-se. E, assumindo a identidade e as responsabilidades passa a ocupar a posição de guerreiro na tribo e depois a de chefe.

 

Embora algumas dessas percepções tenham sido úteis na defesa da liberação, tanto feminina como masculina, dos modelos patriarcais, acreditamos existir nelas sérios problemas. A nosso ver, o patriarcado não é a expressão de uma profunda e enraizada masculinidade, pois esta não é agressiva. O patriarcado é a expressão da masculinidade imatura. É a expressão da psicologia do Menino e, em parte, o lado sombra — ou louco — da masculinidade. Expressa o homem atrofiado, fixado em níveis imaturos.

O patriarcado, em nossa opinião, é uma agressão a masculinidade na sua plenitude, assim como a feminilidade no seu todo. Os que se prendem às estruturas e à dinâmica desse sistema buscam dominar igualmente homens e mulheres. O patriarcado fundamenta-se no medo masculino — o medo do menino, o medo do homem imaturo — em relação às mulheres, certamente, mas também em relação aos homens. Os meninos temem as mulheres. E temem também os homens de verdade.

O patriarca não aceita o pleno desenvolvimento masculino de seus filhos ou de seus subordinados, da mesma forma que não acolhe com prazer o desenvolvimento pleno de suas filhas ou de suas funcionárias. É a história do chefe no escritório que não suporta ver o quanto somos bons. Quantas vezes nos invejam, odeiam e atacam de forma direta e passiva quando buscamos revelar o que realmente somos em toda a nossa beleza, maturidade, criatividade e produtividade! Quanto mais nos tornamos belos, competentes e criativos, parece que mais hostilidade despertamos em nossos superiores, e até me nossos colegas. O que realmente nos agride é a imaturidade nos seres humanos, aterrorizados com os nosso avanços no caminhos rumo à plenitude do ser masculino ou feminino.

O que está faltando não é, em geral, o que muitos psicólogos supões; isto é, a ligação adequada com o lado feminino interior. Em muitos casos, esses homens que vêm buscar ajuda foram, e continuam sendo, esmagados pelo feminino. O que lhes faltou foi a ligação adequada com as energias masculinas profundas e instintivas, com o potencial da masculinidade amadurecida. Tiveram essa ligação bloqueada pelo próprio patriarcado, e pela crítica feminista a pouca masculinidade que ainda lhes restava. E estavam sendo bloqueados pela falta, em suas vidas, de qualquer processos de iniciação transformador e significativo através do qual pudessem alcançar um sentido da masculinidade.

Dissimular é fingir não ter o que se temSimular é fingir ter o que não se tem. O primeiro refere-se a uma presença, o segundo a uma ausência. Mas é mais complicado, pois simular não é fingir. Aquele que finge uma doença pode simplesmente meter-se na cama e fazer crer que está doente. Aquele que simula uma doença determina em si próprio alguns dos respectivos sintomas. Logo fingir, ou dissimular, deixam intacto o princípio da realidade: a diferença continua a ser clara, está apenas disfarçada, enquanto que a simulação põe em causa a diferença do “verdadeiro” e do “falso”, do “real” e do “imaginário”. O simulador está ou não doente, se produz “verdadeiros” sintomas? Objetivamente não se pode tratá-lo nem como doente nem como não doente.

Simulamos que somos pessoas maduras

O imaginário da Disneylândia não é verdadeiro nem falso, é uma máquina de dissuasão encenada para regenerar no plano oposto a ficção do real. Daí a debilidade desde imaginário, a sua degenerescência infantil. O mundo quer-se infantil para fazer crer que os adultos estão noutra parte, no mundo <<real>>, e para esconder que a verdadeira infantilidade está em toda a parte, é a dos próprios adultos que vêm aqui fingir que são crianças para iludir a sua infantilidade real.

O traficante de drogas, o líder político indeciso, o marido que bate na mulher, o chefe eternamente ranzinza, o jovem executivo metido a importante, o marido infiel, o funcionário “capacho”, o orientador de pós-graduação indiferente, o pastor “santificado”, o membro da gangue, o pai que nunca encontra tempo para participar das programações na escola da filha, o treinador que ridiculariza seus atletas talentosos, o terapeuta que inconscientemente agride o “brilho” de seus cliente e busca para eles uma espécie de normalidade opaca — todos esses homens tem alguma coisa em comumSão, todos, meninos que fingem serem homens. Ficaram assim honestamente, por que ninguém lhes mostrou o que é um homem amadurecido.

O Tipo de “adulto do sexo masculino” que eles representam é uma pretensão que a maioria de nós quase não percebe como tal. Estamos continuamente confundindo o comportamento controlador, ameaçador e hostil desse homem com a força. Na verdade, ele está mostrando que no fundo é extremamente vulnerável e fraco, que tem a vulnerabilidade do menino magoado.

A terrível realidade é que a maioria dos homens está fixada num nível imaturo de desenvolvimento. Esses primeiros níveis são governados por modelos interiores próprios da meninice. Quando se permite que eles controlem o que deveria ser a idade adulta, quando os arquétipos da infância não são elaborados e transcendidos pelo acesso adequado do Ego aos arquétipos da masculinidade amadurecida, eles nos fazem agir segundo a nossa própria criancice oculta (para nós, porém raramente para os outros).

Na nossa cultura, frequentemente falamos da infantilidade com afeto. A verdade é que o menino em cada um de nós — quando ocupa o seu lugar apropriado em nossas vidas — é uma fonte de brincadeiras, de prazer, de diversões, de energia, de uma espécie de liberalismo, que está pronto para as aventuras e para enfrentar o futuro. Mas existe outro tipo de infantilidade que interfere nas nossas interações com nós mesmos e com as outras pessoas quando é necessário ser adulto.

 

A Estrutura dos Arquétipos

Cada potencial energético arquetípico na psique masculina — tanto nas suas formas imaturas como nas amadurecidas — possui uma estrutura trina, ou tripartite.

No topo do triângulo fica o arquétipo na sua plenitude. Na base, ele é vivenciado no que chamamos uma forma disfuncional bipolar, ou de sombra. Tanto na forma imatura como na amadurecida (isto é, em termos de psicologia do Menino assim como na do Homem), essa disfunção bipolar pode ser vista como imatura, por representar uma condição psicológica que não é integrada nem coesa. A falta de coesão da psique é sempre um sintoma de desenvolvimento inadequado. Conforme a personalidade do menino depois a do homem amadurecem e alcançam o estágio apropriado de desenvolvimento, os polos dessas formas de sombra se integram e unificam.

Alguns meninos parecem mais “maduros” do que os outros; estão tendo acesso, sem dúvida inconscientemente, aos arquétipos da infância de forma mais completa do que seus colegas. Atingiram um nível de integração e unidade interior que os outros ainda não alcançaram. Outros meninos podem parecer mais “imaturos”, mesmo levando-se em conta a imaturidade natural da infância. Por exemplo, é correto um menino ter sentimentos heroicos, ver-se como um herói. Mas muitos não conseguem isso e ficam presos às formas bipolares de sombra do Herói — o Valentão Exibicionista ou o Covarde.

Diferentes arquétipos apresentam-se em diferentes estágios do desenvolvimento. O primeiro arquétipo do masculino imaturo a “acender” é a Criança Divina. A Criança Precoce e a Criança Edipiana vêm em seguida; o último estágio infantil é governado pelo Herói. O desenvolvimento do ser humano nem sempre acontece de forma tão simples, é claro; as influências arquetípicas se misturam ao longo do caminho.

Curiosamente, cada um desses arquétipos de psicologia do Menino dá origem de forma complexa a cada um dos arquétipos da masculinidade amadurecida: o menino é pai do homem. Assim, a criança Divina, regulada e enriquecida pelas experiências da vida, torna-se o Rei; a Criança Precoce vai ser o Mago; a Criança Edipiana será o Amante; e o Herói vira Guerreiro.

Os quatro arquétipos da infância, cada um com uma estrutura triangular, podem unir-se para forma uma pirâmide que retrata a estrutura da identidade em formação do menino, o Si-mesmo masculino imaturo. O mesmo vale para a estrutura da identidade em formação do menino, O Si-mesmo masculino imaturo. O mesmo vale para a estrutura do Si-mesmo masculino amadurecido.

Como dissemos o homem adulto não perde a infantilidade, e os arquétipos que formam a base da infância não desaparecem. Visto que os arquétipos não podem desaparecer, o homem amadurecido transcende as forças masculinas da infância, elaborando-as, em vez de demoli-las. A estrutura resultantes do Si-mesmo masculino amadurecido, portanto, é uma pirâmide sobre outra pirâmide. Embora essas imagens não devam ser interpretadas literalmente, estamos demonstrando que as pirâmides são os símbolos universais do Si-mesmo humano.

 

 

Na atual crise da masculinidade, não precisamos, como dizem algumas feministas, de menos poder masculino. Precisamos de mais. Porém amadurecido. Necessitamos de mais psicologia do Homem. Temos que desenvolver uma noção de tranquilidade acerca do poder masculino, para que não precisemos atuar de modo dominador e desautorizador em relação aos outros.

Já muito injúria e ofensa tanto do masculino quanto do feminino no patriarcado, assim como na reação feminista. A crítica em defesa das mulheres, quando não é suficientemente sensata, fere ainda mais uma masculinidade autêntica já acossada. É possível, na verdade, que nunca tenha havido na história da humanidade um período de ascendência da masculinidade (ou feminilidade) amadurecida. Não temos certeza quanto a isso. O que sabemos é que ela não predomina atualmente.

Precisamos aprender a amar e ser amados pelo homem amadurecido. Precisamos aprender a louvar a potência e o poder masculinos autênticos, não só em consideração ao nosso próprio bem-estar como homem e ao nosso relacionamento com os outros, como também porque a crise da masculinidade amadurecida sustenta a crise global de sobrevivência que enfrentamos como espécie. O nosso perigoso e instável mundo necessita urgentemente de homens e mulheres amadurecidos, se quisermos que a nossa raça continue existindo no futuro.

 
 

São necessários agora muitos valentes que abram caminho, e que não podem surgir do nada, do mesmo modo que não podem aparecer da areia da civilização presente e da vasa das grandes cidades; homens silenciosos, solitários, decididos, que saibam contentar-se com a sua tarefa invisível, que saibam ser perseverantes; homens que, em todas as coisas, procurem apaixonadamente o obstáculo a vencer, homens serenos, pacientes e simples, desdenhosos das grandes vaidades, que saibam ser magnânimos na vitória e indulgentes para as pequenas vaidades dos vencidos; homens que julguem livremente todos os vencedores e meçam com precisão a parte que cabe ao acaso em todas as vitórias e em todas as glórias; homens que tenham as suas festas, os seus próprios dias de trabalho e de luto, que tenham o hábito de comandar, que o façam com segurança e estejam sempre prontos a obedecer quando for necessário, igualmente altivos, igualmente certos de servir a sua própria causa tanto em um como em outro; homens mais importantes, mais fecundos, mais felizes! Porque, creiam-me, o grande segredo para colher da existência o mais fecundo e o maior prazer é viver perigosamente. Construí as vossas cidades sobre o Vesúvio. Enviai os vossos barcos para mares inexplorados. Vivei em guerra com os vossos semelhantes e convosco mesmos. Pilhai e conquistai, procuradores de conhecimento, enquanto não puderdes ser reis ou proprietários! Terá passado rapidamente o tempo em que podíeis satisfazer-vos em viver ocultos nos bosques como veados amedrontados! O conhecimento poderá, enfim, oferecer-vos o que vos pertence por direito: ele quererá dominar e possuir, e vós haveis de o querer junto com ele!

 
 

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Homem Masculino Psicologia Reflexão

Fontes e Referências

  • Rei Guerreiro Mago Amante — A redescoberta dos arquétipos do masculino — Robert Moore e David Gillette;
  • Simulacros e Simulação — Jean Baudrillard;
  • A Gaia Ciência — Friedrich Nietzsche

Obrigado Ingrid Pereira pela revisão do texto.

 

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