O Sonho de um Homem Ridículo

Baseado na obra de Dostoiévski, uma jornada pela natureza humana

Publicado em 3 de Maio de 2017

 

SOU UM HOMEM ridículo. Agora já quase me têm por louco. O que significaria ter ganho em consideração, se não continuasse sendo um homem ridículo. Mas eu já não me aborreço por causa disso, agora já não guardo rancor a ninguém:

 

A história começa com o narrador vagando pelas ruas de São Petersburgo. Ele devaneia acerca da sua vida no que afirma para si mesmo que ele sempre foi uma pessoa ridícula, reflete também sobre como recentemente ele chegara à conclusão de que nada mais importava para ele. É esta revelação que o leva à ideia de suicídio. O narrador da história revela que ele havia comprado um revólver no mês anterior, com a intenção de atirar na própria cabeça.

Apesar de uma noite triste, o narrador olha para o céu e vê uma estrela solitária. Pouco depois de ver a estrela, uma menina vem correndo na direção dele. O narrador supõe que algo está errado com a mãe da menina. Ele não dá atenção a menina, que está desesperada, e fala pra ela ir pedir a ajuda de outra pessoa com um tom de voz exasperado, e em seguida vai para seu apartamento.

Uma vez em seu apartamento, o narrador afunda-se numa cadeira e coloca a arma na mesa ao lado dele. Ele hesita em atirar-se por causa de uma sensação incômoda de culpa que o atormentava desde que ele se desviava a moça, negando-a auxílio. O protagonista lida com questões internas por algumas horas antes de adormecer na cadeira. Ao dormir, ele tem para um sonho muito vívido.

A consciência da vida é superior à vida, o conhecimento das leis da felicidade — é superior à felicidade. É contra isso que é preciso lutar! E é o que vou fazer. Basta que todos queiram, e tudo se acerta agora mesmo. E, quanto àquela menininha, eu a encontrei… E vou prosseguir! E vou prosseguir!

 

Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski foi um grande nome existencialista. Nascido na cidade de Moscou (Rússia) em 11 de novembro de 1821, foi considerado por críticos como um dos nomes mais influentes na literatura e filosofia existencial. Fiódor defendeu a liberdade individual, subjetividade e responsabilidade do ser humano. Dostoiévski também foi considerado um dos maiores romantistas do século XIX. Suas principais obras literárias são: Gente Pobre (1846); O sonho do príncipe (1859); Humilhados e ofendidos (1861); Recordações da Casa dos Mortos (1862); Memórias do Subsolo (1864); Crime e Castigo (1866); O Jogador (1867); O Idiota (1869); Os adolescentes (1875); Os Irmãos Karamazov (1881).

 

O segredo da existência não consiste somente em viver, mas também em saber para que se vive.

 

Gostou do texto? Gostaria muito de saber sua opinião ou feedback.

Se você tiver qualquer dúvida pode me enviar um e-mail para diogenesjunior.ti@gmail.com.

 


Dostoiévski DUAS NARRATIVAS FANTASTICAS Fiódor Dostoiévski Homem Homem Ridículo Jornada natureza humana Ridiculo Sonho

Fontes e Referências

DUAS NARRATIVAS FANTASTICAS: A DOCIL E O SONHO DE UM HOMEM RIDICULO – 3ªED.(2011) – Fiódor Dostoiévski

 

Obrigado Ingrid Pereira pela revisão do texto.

 

Sígilo Diogenes Junior

Tem alguma dúvida, ou apenas enviar um feedback? Me envie um e-mail para contato@diogenesjunior.com.br