Por que temos o símbolo do Pentagrama no naipe de Ouros do Tarô?

O homem correu em busca da perfeição

Publicado em 10 de Abril de 2017

 

Todos que já tiveram algum tipo de contato com o Taro, em especial com o naipe de Ouros, já deve ter notado o símbolo presente dentro das moedas: um pentagrama. Ao contrário do que alguns pensam (principalmente cristãos), não é uma referência a bruxaria ou coisas do tipo, e sim um símbolo da perfeição divina na matemática, ou como diria alguns “a formula de Deus para a criação”. Tais afirmações não são meros achismos ou simples superstição, e sim pura matemática.

O símbolo, e o naipe de Ouro, não são o que são atoa, já que esse naipe representa a esfera da criação e ações humanas, ilustrando a busca do homem pela perfeição. Talvez você nunca se perguntou por que o nome do naipe ser Ouro ou Pentáculos, mas no Taro, nada é o que é por acaso:

 

A Regra de Ouro

regra de ouro é conhecida por muitos ligados ao design, arquitetura, fotografia, publicidade, escultura, pintura, música… entre outras artes e técnicas.

Você deve de estar a perguntar o porquê da importância desta proporção?
No entanto, posso adiantar-lhe que é uma “regra” base para atingir a perfeição utilizada por antigas civilizações até mesmo antes de Cristo.

Ainda há quem diga que é a proporção divina, a proporção utilizada por Deus para dar forma ao mundo pelo facto de ser descoberta em muitos aspectos. Este número de Ouro é representado pela letra grega (Phi). O número Phi corresponde a 1,618. Segundo a Proporção Áurea é de 1 cm para 1,618 cm, sendo essa a relação de equilíbrio ideal.

 

Recuando no Tempo:

Pitágoras entre 570 e 500 a.C. utilizava a proporção áurea para explicar a harmonia entre a alma e o cosmo. Quando ele descobriu que as proporções do pentagrama eram iguais às da proporção áurea, tornou esse símbolo como a representação da Irmandade Pitagórica. Esse era um dos motivos que levava Pitágoras a dizer que “tudo é número”, isto é, que a natureza segue padrões matemáticos, bem como a música e a astrologia, e isto era apenas o início…

 

 

 

Segundo vários estudos, o homem correu em busca da perfeição, do ideal canônico da beleza e da proporção ideal. Os gregos, segundo as suas regras matemáticas e geométricas criaram assim o retângulo de ouro. Este retângulo era a “forma perfeita” sob a qual se regiam todos os criadores. Foi aplicado exaustivamente na arquitetura, na escultura e até na música. É verdade, neste retângulo está presente também o numero PhiCoincidência?

 

Então saiba ainda que até no Egito, as pirâmides foram construídas com pedras ordenadas pelas proporções do numero Phi! Cada pedra era 1,618 menor do que a pedra da fila de baixo e a de baixo era 1,618 maior que a de cima e assim sucessivamente! As laterais das pirâmides eram também triângulos de ouro e sabe-se que utilizavam essa proporção para a construção de templos e sepulcros para os mortos, pois consideravam que caso isto não acontecesse, o templo poderia não agradar aos Deuses e assim a alma do falecido não conseguiria chegar ao seu destino.

 

Mas em 1200, Leonardo Fibonacci um matemático que estudava o crescimento das populações de coelhos desenvolveu a mais famosa sequência matemática: a Série de Fibonacci. (1 1 2 3 5 8 13 21 34 55…) e descobre que a média da proporção de crescimento é… 1,618. Os números por vezes variam por defeito ou por excesso, mas a média é sempre 1,618, exatamente a mesma proporção utilizada nas pirâmides do Egito e no retângulo de ouro dos gregos:

 

 

 

 

Com todas estas coincidências (ou não) os cientistas começam a fazer estudos matemáticos sobre a natureza e obtêm descobertas fantásticas como a espiral logarítmica:

– A proporção de abelhas fêmeas em comparação com abelhas machos numa colmeia é de 1,618.
– A proporção que aumenta o tamanho das espirais de um caracol é de 1,618.
– A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais sementes de um girassol é de 1,618.
– A proporção em que diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos é de 1,618.
– As estrelas distribuem-se perante um astro principal numa espiral obedecendo à proporção de 1,618.

Há alguns autores que referem que no Egito já se tinha constatado que o corpo humano tinha por base na sua construção a proporção áurea, mas mais tarde com os estudos de Michelangelo (O Divino) e com a curiosidade de Leonardo Da Vinci que desenvolve o “Homem Vitruviano” esse estudo passa a ser fundamentado. É então usado como referência estética da simetria básica e proporções do corpo humano aplicadas à concepção da beleza humana e relações harmoniosas entre as partes que compõem o nosso corpo. Segundo Da Vinci, no homem perfeito, as dimensões obedecem à proporção áurea. Representa a expressão de um homem com as proporções perfeitas no espaço de figuras geométricas perfeitas. O corpo humano está representado ao mesmo tempo, dentro das duas figuras, sendo o umbigo, o centro gravitacional da figura humana, coincidiria com o centro das duas figuras geométricas. A área total do círculo é idêntica à área total do quadrado e este desenho pode ser considerado um algoritmo matemático para calcular o valor do número irracional phi (aproximadamente 1,618).

 

 

– Medindo a sua altura dividindo pela altura do seu umbigo até o chão; o resultado é 1,618.
– Medindo o seu braço inteiro, dividindo pelo tamanho do seu cotovelo até ao dedo; o resultado é 1,618.
– Meça os seus dedos, e verifique que a falange, falanginha e falangeta inserem-se num rectângulo de ouro e como tal têm a relação de 1,618.
– Meça a sua perna inteira e divida pelo tamanho do seu joelho até o chão. O resultado é 1,618
– A altura do seu crânio dividido pelo tamanho da sua mandíbula até o alto da cabeça dá um resultado de 1,618

 

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Fontes e Referências

 

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