Reflexões sobre o Tarô #7: Não confie em ninguém, apenas aposte

Vamos falar sobre o 2 de Copas?

Publicado em 6 de maio de 2017

 

Se você estiver casado, trabalhando, com sócios, com parceiros, tomando decisões na vida pessoal, não confie, ao invés disso faça uma aposta.

Em Primeiro lugar porque as pessoas são contraditórias, as pessoas amam e odeiam ao mesmo tempo, as pessoas tem sentimentos opostos a respeito dos seus próprios desejos, as pessoas muitas vezes entendem errado alguma coisa. Então, você não pode ter certeza de que aquilo que você pressupõe é o que o outro também pressupôs.

Além disso, as pessoas ao longo do tempo mudam, as fases mudam, as circunstâncias mudam, e finalmente as pessoas comentem erros, portanto, confiar em alguém 100% pode ser perigoso, pode ser inadequado, isso não significa por tanto, que você tenha o tal do dedo podre que você sempre escolhe errado, ou que você é incompetente para confiar em pessoas.

A questão é que na vida você não deveria confiar, uma coisa melhor a fazer é apostar.

Não se torne um sujeito (pelo fato de não confiar), desconfiado pessimista, recolhido que deixe de viver, é preciso navegar. Torne-se alguém que aposte.

Mas qual é a diferença maior entre confiar e apostar?

Não é apenas o fato de que você sabe que pode perder, e sim estar preparado para a perda, isso é um aspecto fundamental. Estar preparado para a perda, significa procurar ter na medida do possível, ter uma vida mais diversifica e mais rica, seja nas suas relações de amizade, de afeto, de atividades, de interesses, de Hobbies, de relacionamentos profissionais, de possibilidades profissionais, quanto mais você tiver isso, maior a sua capacidade de eventualmente lidar com perdas.

Um outro aspecto é você tentar fazer apostas para as quais ajam evidencias de que seja uma boa aposta, então, evite na medida do possível, apostas muitas heroicas, ou nas quais você escutou muitos testemunhos de ser uma cilada. Escute um pouco as evidencias que você tem e o que os outros também lhe contam sobre possível apostas.

Muitas vezes você vai estar indeciso, por que as coisas vão se equivaler. Nessa hora também é importante apostar. Em geral não é bom você ser impetuoso e agir no impulso, pense, pondere, se informe, mas em algum momento é frequente na vida, que você não consiga suficiente informações para tomar uma decisão 100% segura.

Em algum momento mesmo que você não tenha informações suficientes, ficar parado pode ser ruim, se você não conseguir nenhum critério talvez valha jogar uma moeda para cima, e tentar, por que naquele momento o que você sabe, e os prós e contras são tão parecidos que aquilo está empatado, o tempo não esta te ajudando a lhe revelar uma decisão.

 

Com a reflexão acima, vamos falar sobre o 2 de Copas:

 

É comum em textos pela internet, ou mesmo em pessoas que usam o Tarô, verem o 2 de Copas, como uma carta onde duas pessoas se entregam uma para outra, como se fosse um amor correspondido, uma parceria que se fecha, um contrato que é assinado, enfim, duas pessoas com interesses em comum, que se unem em um propósito. O que não vemos as pessoas falando é como se deve dar essa aproximação?

Várias pessoas diante de uma situação como essa, enxerga o outro como alguém em que se pode ter confiança, não só a confiança no sentido de segurança, mas aquela confiança de ter certeza de algumas coisas: “vou ser feliz com essa pessoa”, “essa pessoa ama apenas a mim”, “essa parceria vai durar muito tempo”, “vou fechar esse contrato e vai dar tudo certo”. É claro que as vezes temos desejos otimistas sobre nossas expectativas, mas se no lugar de uma confiança cega, usarmos aquilo que propôs a introdução do texto, uma aposta, teremos a chance de um desfecho melhor no sentido das nossas emoções.

Talvez tudo de errado, e as nossas expectativas vão por água a abaixo, mas, por ser uma aposta, era uma possibilidade que já havíamos considerado, e então, seguiremos mais felizes e seguros, por que não estamos colando certezas em pessoas que são tão falhas e humanas.

Logo, o dois de Copas, proponho uma nova visão para ela, ao invés de apenas duas pessoas se entregaram uma para outra, quero propor duas pessoas que resolveram apostar uma na outra, e estão convictas que como toda aposta, elas podem ganhar, assim como elas podem perder.

 

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Fontes e Referências

Texto introdutório de Luiz Hanns.

 

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