Sabbath de Mabon

Equinócio de Outono ou Festival da Segunda Colheita

Publicado em 1 de Abril de 2017

 

Mabon, também conhecido como Equinócio de Outono ou Lar da Colheita ou Festival da Segunda Colheita, marca o início do outono, é um dia santo pagão de descanso da colheita e comemoração, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que foi colhido e caçado. É uma época de equilíbrio, onde o dia e a noite têm a mesma duração.

Em Mabon o equinócio de outono dia e noite tornam-se iguais. À medida que as sombras aumentam, os Pagãos vêem as faces mais sombrias de Deus e Deusa. Para muitos, esse rito honra a velhice e a aproximação do inverno.

Mabon (pronuncia-se Mêibon) é também conhecido como Equinócio de Outono ou Lar da Colheita ou Festival da Segunda Colheita. Dia sagrado no paganismo, em especial na religião Wicca. Celebrado no dia do equinócio de outono, que corresponde a aproximadamente dia 20 de março no hemisfério Sul e no dia 22 de setembro no hemisfério Norte (as datas dos equinócios podem apresentar uma variação de até 3 dias de acordo com o ano — em 2017 é comemorado no dia 01 de Abril no hemisfério sul). O nome Mabon veio de um deus Celtas (também conhecido como Angus), o Deus do Amor.

É tradição reunir os amigos para um jantar, a fim de celebrar a fartura e comemorar as conquistas.

O Sabbath de Mabon é um dos oitos festivais da Roda do Ano:

A Roda do Ano é o que simboliza a concepção de tempo dos pagãos e principalmente a dos Celtas e que era um tanto quanto diferente da atual. Eles não viam o tempo de forma linear, mas circular, cíclico. Seus calendários levavam em conta não só o ciclo solar, como é o nosso, mas também o ciclo lunar. Originários da tradição celta, os Sabbats ocorrem oito vezes ao ano, levando-se em conta a posição da Terra com relação ao Sol: Equinócios e Solstícios. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a Deusa Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus. Na Wicca, é o deus O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem. Já em outros ramos do Paganismo, outros Deuses são adorados, pois que nem todos tem essas duas únicas figuras centrais.

A Roda do Ano — Representada pelos Oito Sabás, tem por objetivo, sincronizar a nossa energia com as Estações do Ano, ou seja, com os ciclos do Planeta Terra e o Universo. Ela descreve o Caminho do Sol durante o ano, representando as várias faces do Deus (da personalidade/ego/projeção do Eu verdadeiro) : — Seu nascimento, crescimento, união com a Deusa, e finalmente seu declínio e morte. Da mesma forma que o Sol nasce e se põe todos os dias, e da mesma forma que a Primavera faz a Terra renascer após o Inverno, o Deus nos ensina que a Morte é apenas um ponto no Ciclo Infinito de nossa evolução, para podermos renascer do Útero da Mãe.

Para algumas Tradições da Wicca, o ano se inicia no Solstício de Inverno, é conhecida como Halloween ou Dia das Bruxas, mas seu nome tradicional é Samhain, que significa “Sem Sol”, referindo-se ao tempo de Inverno. Essa época também é correspondente ao Ano Novo Judaico.

 

Sabbath de Mabon e o Tarô

Para mim duas cartas representam esse momento, na primavera o Oito de Ouros e o Outono o Nove do Ouros. Isso por que a primeira o momento de se preparar e plantar, e a segunda o momento da colheita. Vale dizer que a colheita não é o momento para simplesmente colher achar que tudo está resolvido. E sim se preparar para o inverno onde os alimentos, a fartura, o lar, a saúde irão ficar mais escassos.

 

 

O Nove de Ouros representa esse momento do Sabbath de Mabon, a comemoração e a realização da colheita no outono, a última estação antes do inverno, tanto que em todos os naipes do Taro, a energia do 9 trás a mensagem sobre os resultados dos nossos erros e acertos.

Outro ponto importante, é que em 2017, daqui a dose dias (12 de Abril) se inicia os quarenta dias do Omer, o período judaico para melhoria pessoais.

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Brasil Mabon Paganismo Sabbath wicca

Fontes e Referências

  1. ↑ Farrar, Janet e Farrar, Stewart. Eight Sabbats for Witches (1981) (published as Part 1 of A Witches’ Bible, 1996) Custer, Washington, USA: Phoenix Publishing Inc. ISBN 0–919345–92–1
  2. ↑ Gary, Gemma (2008). Traditional Witchcraft: A Cornish Book of Ways. Troy Books. Página 147.
  3. ↑ Evans, Emrys (1992). Mythology. Little Brown & Company. ISBN 0–316–84763–1. Página 170.
  4. ↑ Gardner, Gerald B. The Meaning of Witchcraft. [S.l.]: Red Wheel, 2004. p. 10.
  5. ↑ Lamond, Frederic. Fifty Years of Wicca. Sutton Mallet, England: Green Magic, 2004. 16–17 p. ISBN 0–9547230–1–5
  6. ↑ Crowley, Vivianne. Wicca: The Old Religion in the New Age (1989) London: The Aquarian Press. ISBN 0–85030–737–6 p.23
  7. ↑ Gallagher, Anne-Marie. (2005). The Wicca Bible: The Definitive Guide to Magic and the Craft. London: Godsfield Press. Página 67.
  8. ↑ Gallagher, Anne-Marie. (2005). The Wicca Bible: The Definitive Guide to Magic and the Craft. London: Godsfield Press. Página 72.

 

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